O Medíocre
Certa vez, Fu Lana estava tão chateada e incomodada com a vida que resolveu comprar, em um sebo, um livro que depois perdeu, denominado …
Certa vez, Fu Lana estava tão chateada e incomodada com a vida que resolveu comprar, em um sebo, um livro que depois perdeu, denominado O Medíocre. Estava vivendo uma parte peculiar de sua vida e precisou entender o que vinha a ser a tal sensação de ninguém-por-mais-que-se-esforce-deixará-de-ser-medíocre. O tal livro não ajudou muito, mas absolvia afirmando que medíocre não é nada mais do que meio. Não se destaca em nada, não está nem em cima, nem embaixo. É mediano, não importa, é ninguém. Não é.
Isso já está indo para a área da opinião pessoal emotiva. De qualquer modo, medíocre é uma palavra prejudicial quando se quer alcançar algo. O que seja, qualquer coisa. A ambição e a meta são regras de ordem desde o tempo do 2o grau. O desejo já está plantado. E, em design, a regra número um é ser. Para quem achar e ler o tal medíocre, um aviso: sofrível, mas pura realidade.
Há dez anos, Fu Lana temia os medíocres. Não os definia, mas sabia identificá-los. Hoje, Fu não sabe quem ou o que é medíocre. Queria um curso que a fizesse ficar mais esperta. E, para um amigo, sempre dizia: se preguiça é a coisa certa no verão, descanso é no outono. No inverno, calor, e paralisia na primavera. É o que chama de filosofia dos vegetais, no bom sentimento de Assis.
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