O homem que sabe de menos

Ao longo de sua carreira política, nosso Presidente tem revelado pouco saber acerca de muitas coisas. Originalmente, fez-se notar suas dificuldades com a Língua …

Ao longo de sua carreira política, nosso Presidente tem revelado pouco saber acerca de muitas coisas.


Originalmente, fez-se notar suas dificuldades com a Língua Portuguesa, em especial, com os plurais e com as concordâncias verbal e nominal.


Mais tarde, revelou não saber controlar a própria língua, fazendo afirmações indevidas e atacando a honra de pessoas, sem prova. Neste período, preconizou soluções para problemas do Brasil, mais tarde classificadas, por ele mesmo, como bravatas.


Ao chegar ao poder, percebeu-se que Lula não sabia a diferença entre seu partido, o governo e o Estado. Como demonstram as estrelas petistas nos jardins oficiais.


Neste último ano, com seu governo enredado na maior malha de corrupção da história republicana, o Presidente alega desconhecer o que se fazia na circunvizinhança do gabinete presidencial.


Na última semana, em morna entrevista concedida no milésimo programa Roda Viva, como quem afirma que confunde Budapeste com Bucareste, ao referir-se à capital da Romênia; em tom de bazófia, declarou atrapalhar-se com conceitos de estratégia e tática.


Esta confusão pode não interferir na carreira de muitos profissionais. Um ascensorista ou um jogador de futebol pode brilhar na sua atividade sem conhecer estratégia e tática.


Entretanto, o exercício da Presidência da República implica, necessariamente, ter uma clara visão de futuro para o País e uma gestão que seja coerente com ela. É indispensável definir a estratégia e a tática. Básico.


Estratégia, que vem do grego e refere-se à sala do general, é o conjunto de planos da alta istração visando a resultados de médio e longo prazo. É identificar pontos fortes e fracos da organização, bem como oportunidades e ameaças no cenário futuro. É explorar forças, melhorar fraquezas, aproveitar oportunidades e preparar-se para enfrentar as ameaças que venham, de fato, ocorrer.


Se estratégias são meios para atingir objetivos determinados num prazo específico, táticas tratam do detalhamento dos planos a serem executados no presente. Estratégias tratam do destino, táticas da caminhada.


Seria interessante que o Presidente do seu País, que toma diariamente decisões que interferem na minha e na sua vida, e com o nosso dinheiro, dominasse estes conceitos, não?

Autor
André Arnt, diretor da Coletiva EAC, é de empresas, consultor e professor universitário. Coordenou cursos de pós-graduação nas áreas de negócios e marketing. Atua como consultor em estratégia empresarial. É colaborador da Coletiva.net.

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