Novos truques do velho mágico

Eduardo Bueno é como aqueles mágicos que, depois de seduzir a platéia com seus prodígios, retorna ao palco para um bis e mostra que …

Eduardo Bueno é como aqueles mágicos que, depois de seduzir a platéia com seus prodígios, retorna ao palco para um bis e mostra que o melhor truque ainda estava por vir. Em vez de tirar coelhos de cartolas, tira das palavras o mais agudo e mordaz sentido. Serra frases ao meio para remontá-las como peças de raro valor. Embaralha parágrafos e pede ao leitor para escolher um, e lá estará ele, no lugar mais preciso. Grêmio, nada pode ser maior, que ele lança nesta quarta-feira, dia 1º, às 19h, na Saraiva do Shopping Praia de Belas, é um bem-vindo coelho que cartola algum parece capaz de proporcionar aos gremistas em tempos de segunda divis?o.


Apesar de seus incontáveis êxitos literários, este talvez seja o melhor livro do célebre Peninha, que completou 47 anos na segunda, dia 30. Ele próprio acha que é. Talvez porque, pela primeira vez, navegou livre de amarras. Havia apenas um tema, uma paix?o. E paixões aprisionam somente a elas, mas libertam de quase todo o resto. O livro é rascante como as arrancadas de Alcindo área adentro, indômito como os avanços de Renato Portaluppi, invocado e fiel como Danrlei.


Ao titular a introduç?o como "uma entrada dura", ou escrever, na primeira frase, "futebol-arte, todo mundo sabe, é coisa de veado", Peninha está nos dizendo que este é um livro em especial para os gremistas que entenderam por que o Grêmio tornou-se um time respeitado e conhecido em todo o mundo - ao contrário do Municipal, como ele chama o principal adversário, uma vez que só o Grêmio é um time internacional por estas paragens. Trata-se de uma obra deliciosa, e escrita de um jeito que nunca se viu em nossa rarefeita literatura do futebol.


Cara nova


O site da Coletiva está mais bonito e moderno. Já era mesmo hora de mudar. E com um belo logotipo que, aliás, é todo azulzinho. Coisa de gremista, sem dúvida.


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Eliziário Goulart Rocha é jornalista e escritor, autor dos romances Silêncio no Bordel de Tia Chininha, Dona Deusa e seus Arredores Escandalosos e da ficç?o juvenil Eliakan e a Desordem dos Sete Mundos.

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 Eliziário Goulart Rocha é jornalista e escritor, autor dos romances Silêncio no Bordel de Tia Chininha, Dona Deusa e seus Arredores Escandalosos e da ficção juvenil Eliakan e a Desordem dos Sete Mundos.

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