Em tempos de crise, alguns valores am a ser mais importantes. Este é o caso de uma imagem pessoal e profissional sérias. Isto torna-se um ativo decisivo e importante.

Claro que ter uma imagem positiva e com atributos como seriedade, ética e profissionalismo sempre são importantes. Porém, em momentos em que as verbas ficam mais escassas, a máxima é pagar (bem) menos por mais. E mais, neste caso, significa uma imagem sólida.

E isto não é pra muitos. E também não é fácil. Vivemos em um mundo que tem privilegiado a rapidez, a "esperteza", o jeitinho. Porém, o bicho pegou. Preteou os olhos da gateada, como se diz. Parcerias? Sim, desde que sejam de fato parcerias, não propostas indecorosas em que temos que entrar com a parte pior.

Também tem se falado muito em um consumo mais responsável e consciente. Diz-se que a ostentação vai perder espaço para a simplicidade. Que menos é mais, Coco Chanel já dizia há décadas. Mas entramos num turbilhão de visibilidade e imagem, em anos ados. Mais começou a ser mais, mesmo. A era das marcas teve um papel fundamental neste processo. Teve e tem, pois as marcas significam refúgios de signficados, em que encontramos qualidade e valor. Um mundo multi-impactado de estímulos, acabamos por nos proteger nas marcas. Porém, a ostentação multimarcas que este fenômeno trouxe como um efeito colateral foi danosa. Foi e está sendo. Ao que todos falam, o momento será o de retroceder, em que os valores serão menores, mas mais significativos e importantes. Vamos ver. O ser humano não é, definitivamente, levado às decisões por seu lado racional. O aspecto emocionoal pesa -e muito - na tomada de decisões, como o sabem os profissionais de propaganda e marketing.

O que vai ser das marcas, então? Uma boa pergunta, esta. Elas tenderão a ter mais valor, ao se posicionarem como ofertas de valor relevante? Ou, ao contrário, perderão seu valor por significarem símbolos de ostentação e retrato de uma imagem de consumo exacerbado. As apostas estão feitas, estão rolando os dados. Em breve saberemos.