Gosto que gostem de mim
"Querido Mário Uma beleza o texto do Paulo José sobre o Peréio n’O Globo de hoje (19.11), que também fala de você como parte …
"Querido Mário
Uma beleza o texto do Paulo José sobre o Peréio n?O Globo de hoje (19.11), que também fala de você como parte do trio: "Nós nos amávamos. Essa identidade criou vínculos eternos."" (José Monserrat Filho)
Apesar de não me chamar Paulo Salim Maluf, com a maior cara-de-pau sou - hoje - um cabotino total. E vou fazer chover confetes no meu ego, incarente, mas aberto às doçuras da fraternidade.
Também não sou Cacá Diegues, mas gostei quando ele declarou o motivo de fazer filmes: "Gosto que gostem de mim".
Sexta-feira, dia 16, junto com alguns amigos, recebi homenagem oficial do megacondomínio onde resido. Dei-me conta que nesses últimos meses meu ego vem sendo afagado com freqüência e resolvi dizer "eu te amo" a esse monte de pessoas generosas que, nos últimos meses, gastou tempo comigo.
Márcia Martins, pela assiduidade nos "Comentários" de Coletiva, começa esse desfile que engloba um carinhoso muito obrigado. Referia-se ela à sinopse do samba a ser escolhido para a Banda do Novo Leblon do próximo Carnaval e, para a qual, dei uma mão para o Alexandre Maia, diretor da Banda. Escreveu a jornalista, colega de Coletiva:
"Ruim da cabeça ou doente do pé
Mario, fui no bdicado para ler a sinopse e achei show de bola. Se não sair um samba bom com tanta informação, é falta de criatividade dos letristas e cia. Imagina se com o "baita" conhecimento de música que tu tens (e eu sei pq já me aste muita informação) não iria sair uma sinopse de conteúdo. Abs." - Márcia Fernanda Peçanha Martins.
Como cortei em duas a crônica sobre o encontro da minha família, em Itu, pedi desculpas aos leitores pelo exagero e prometi continuar na outra semana:
"Audiência garantida
Só você, meu caro memorialista Mario, pra arrebitar um nariz-de-cera. E o que é que você queria, que tudo que você teve o privilégio de viver coubesse no incabível? A audiência da semana que vem já está garantida. Abração." -
José Guaraci Fraga.
Maristela Bairros, também jornalista:
"Viva a memória - O Fraga tem razão: memória é para quem pode, não para quem quer. O livro. O livro. Urgente. Bj."
O retorno da Márcia:
"Uma surpresa a cada coluna - Mário, o que falar para você que sempre me deixa sem palavras? Que assim como a manifestação dos colegas, está mais do que na hora de sair um livro de memórias. E, por favor, com lançamento também aqui
Contei, naquela crônica, que Antonio Abujamra me convidara, em 1957, para dirigir um espetáculo teatral
E Abu mandou um confetão: "E sempre vem Mario, meu amado, deixar este velho emocionado. Beijos do Abu, le desespoir?"
Esse e-mail recebeu resposta no bate-pronto: "Abu, meu querido. O desespero é, apenas, excesso de lucidez, o que nos obriga a celebrar Dionisios. Beijos festivos. Véio Mario". Sobre a nossa turma da Caetano de Campos, o advogado Modesto Carvalhosa mandou de São Paulo: "Querido Mario - Li, muito comovido, o seu "Afetos e Reuniões" pela menção da nossa Caetano e da nossa turma de eterna amizade, pela lembrança da luta e pela saudade de nossos queridos que já se foram (o Maury foi o último, porém não o derradeiro), além da recordação do Teatro de Equipe que também me tocou. Lembro-me de vê-lo dirigindo a troupe
Do diretor de Coletiva e meu editor, José Antonio Vieira da Cunha, vieram confetes enredados em serpentinas: "Mario, que enredada oportuna! Graças a ela, tivemos um maravilhoso resgate de outros encontros? E já fico curioso com o que vier, pois já sei que irei me deliciar com as revelações da continuação."
Em 19 de novembro, como prometi, saiu a crônica sobre o encontro, com o sumário título de "Então?" E a pipoqueira de e-mails agitou-se. Estão lá nos comentários da própria Coletiva:
"Minúcias e delícias
Mais uma bonita página do seu precioso manual de instruções para a vida, Mario." - José Guaraci Fraga.
E Maristela Bairros: "Empresta a família? Tem outras que precisam, Mario. Família assim merece um filme de óliudi! Exagerada até no afeto, graças a Deus. Bela crônica, belo exemplo. Bj".
E Márcia: "Continuação dos Afetos - Mario, aguardava ansiosa a continuação dos "Afetos" e, mais uma vez, a sua coluna dispensa comentários. Mas, como o resgate de gestos comuns é muito importante para desenhar novos capítulos da história do convívio coletivo, entendo a tua alegria em rever o clã familiar depois de alguns anos. E ver, nas peraltices dos netos, um pouco da criança que tu foste. E, para me cativar mais ainda, utilizaste versos do Drummond. Emocionada. Bjs."
Da minha amiga, designer de superfície Renata Rubim, e-mail de Porto Alegre: "Então? Lindão Mario, tua macacada vai ter orgasmos! Te prepara, porque tá lindo, lindo! Abração."
Entre os quarenta presentes no encontro familiar, eu fui o único destacado para trazer de lá uma lembrança física, uma sarna que relatei na crônica "Então?". Meu sobrinho Eduardo Pinto de Almeida - com o mesmo nome do pai, do avô, do tio bisavô e do filho - aproveitou o mote e mandou-me um inspirado texto que pelo tamanho não posso reproduzir. Termina assim: "Como diz o caipira: - Eta coceira danada de boa!"
Da sobrinha Ruth, filha da irmã Rachel, chegou: "Adorei! Você escreve coisas que eu não sei dizer, só sei sentir? Beijos".
Da sobrinha Sílvia, filha da mana Célia: "Me emocionei com a tentativa de síntese dos afetos. Com a alegria que ficou daqueles dois dias".
Da amiga e atriz gaúcha Nilda Maria, do nosso Teatro de Equipe, há décadas trabalhando
Do vizinho e amigo Aderbal Moura: "Eu não me lembrava mais da origem dos exageros de Itu, mas em relação a esta afinidade familiar, fui transportado imediatamente para essas semelhanças que vivemos em família unida. Abraços".
Também de São Paulo, outra voz da nossa antiga Caetano de Campos, do engenheiro José Carlos Pellegrino: "Nesta V. se superou. Parabéns. Abraços".
Uma dica para quem quiser me ver com 27 anos, que eu soube e me vi através da amada amiga Cristina Zanini e reforçada por um casal gaúcho amigo e vizinho:
"Mario, querido amigo
Foi com muito prazer que saboreamos (a crônica) "Afetos e Reuniões".
Estamos
Foi com imensa alegria e com uma "ponta de orgulho" que, no mural destinado aos fatos mais importantes de 1958, vimos uma bela foto de cinco jovens intelectuais, com o seguinte texto: "Fundadores do Teatro de Equipe": Mario de Almeida, Paulo José, Paulo César Peréio, Luís Carlos Maciel e Linneu Dias. Dava conta que a primeira montagem tinha sido Esperando Godot (Beckett). Uma outra foto colorida de um cartaz informava que Rondó 58 era a segunda montagem do grupo, e que tinha sido ensaiada no restaurante universitário. Falamos de nosso orgulho porque um amigo nosso (paulista) fez história na intelectualidade de nossa terra. Abraços, Maria do Horto e Stalin".
Desculpe-me quem achou o texto muito longo por culpa dos muitos amigos. Como só devo voltar aqui no dia 2 do ano que vem, peço que sejam felizes como eu me pretendo.
Inté.