Falo com Jean-Paul Sartre, filósofo, escritor e ativista político (1905/1980) - Jean-Paul, como filósofo, você sempre disse que a liberdade é a uma condição humana. Qual a sua importância? - ?Quando, alguma vez, a liberdade irrompe numa alma humana, os deuses deixam de poder seja o que for contra esse homem.? - E os homens que têm medo de exercitar essa liberdade? - ?Todos os homens têm medo. Quem não tem medo não é normal; isso nada tem a ver com a coragem? - Ser livre é uma opção para o homem? . ?O homem está condenado a ser livre, condenado porque ele não criou a si, e ainda assim é livre. Pois tão logo é atirado ao mundo, torna-se responsável por tudo que faz.? - E o que torna uma pessoa um homem de verdade? - ?Nunca se é homem enquanto se não encontra alguma coisa pela qual se estaria disposto a morrer.? - Você criou uma definição para o inferno, sempre repetida? - ?O inferno são os outros? - Como foram suas relações com os comunistas? - ?Se os comunistas têm razão, então eu sou o louco mais solitário em vida. Se eles estão errados, então não há esperança para o mundo. - Como filósofo, você sempre procurou uma maneira de fundir o existencialismo que privilegia acima de tudo a liberdade do homem, com o marxismo, ao dizer que o ?marxismo é a filosofia da nossa época e que é preciso reconquistar o homem dentro do marxismo. Qual seria a diferença entre o marxismo tradicional e esse marxismo existencialista que você defende? - ?Para o marxismo tradicional o poeta Paul Valéry era apenas um intelectual pequeno-burguês; o marxismo existencialista gostaria de mostrar porque nem todo intelectual pequeno-burguês era um Valéry. ? - Você denunciou as torturas dos ses na Argélia, mas fez uma frase sobre um determinado tipo de vítima. Lembra dela? ?Detesto as vítimas quando elas respeitam os seus carrascos?. Você foi um dos primeiros intelectuais ses a visitar a Cuba de Fidel Castro e Che Guevara, escrevendo depois uma série de artigos sobre a Revolução Cubana. O que mais o impressionou naquele momento. - ?A juventude dos revolucionários. Só a juventude tinha a cólera e a angústia suficientes para empreender a revolução e a pureza necessária para concretizá-la?. 701m6j
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Por Marino Boeira 2u461b
06/05/2022 09:25