Falassério

O jornal inglês The Guardian pediu desculpas em nome do colunista Charlie Brooker, que sugeriu que alguém matasse o presidente George W. Bush. “John …

O jornal inglês The Guardian pediu desculpas em nome do colunista Charlie Brooker, que sugeriu que alguém matasse o presidente George W. Bush. "John Wilkes-Booth, Lee Harvey Oswald, John Hinckley Jr., onde estão vocês quando mais precisamos?", cometeu o articulista. Para quem não recorda, Wilkes-Booth matou Lincoln, Oswald supostamente assassinou Kennedy e Hinckley tentou fazer o mesmo com Reagan. Depois de qualificar o texto de "leviano e de mau gosto", o Guardian disse que era apenas uma piada, "e não um chamado à ação". Ah, bom.

Sexo explosivo




Cartilha lançada pelo Vaticano condena, entre outras coisas, a união homossexual e a guerra preventiva, termo popularizado por W. Bush. Além de fora de moda, ou demodê, como se dizia na época das cartilhas, assim o texto acaba conferindo o mesmo tom de gravidade a um casamento gay e à invasão do Iraque. Tarados de batina não foram condenados. Equivalem a, no máximo, um dia de violência em Gaza.

É só combinar direitinho



A Cartilha da Igreja Católica condena de maneira explícita a invasão americana do Iraque, mas não é contra a absurda matança de qualquer guerra, desde que consensual:

"Somente os organismos competentes da comunidade internacional são autorizados a legitimar ações bélicas em defesa da paz mundial". A Igreja não deveria condenar qualquer ação bélica? Ou será que eu não entendi direito?

Não deu pra não rir



Na boa, mas o tombo do Fidel foi muito engraçado. Sem contar que um simples degrau conseguiu o que os Estados Unidos sonham fazer há mais de 40 anos.

A perseguida




Confesso que quando li a notícia de que Edine Souza Correia, ex-amante do ex-presidente João Figueiredo, está processando a União dizendo-se vítima de "perseguição política", logo imaginei a cena da moça tentando escapar à perseguição do general em meio às cavalariças da Granja do Torto em 1971, aos 15 anos. Mas não, Edine, que entrou para o serviço público em 1976, quando Figueiredo comandava o SNI, diz ter perdido o emprego em 1986 ao ser perseguida pelo governo Sarney. Ah?

A perseguida 2




Esta é do Tutty Vasques, mas tem a ver com o tema: "Ah, coitada! Como diria Zozimo Barrozo do Amaral, "e a perseguida da Marta Suplicy, hein?!" A pobrezinha está que não se agüenta!". Tutty continua: "É mole? O desabafo da prefeita de São Paulo - "É muito duro ar o que estou ando" - foi interpretado por muita gente no PT como uma manifestação de saudade do bom e velho Eduardo Suplicy. Cá pra nós, faz sentido!"

A perseguida 3



A última novidade no ramo dos brinquedinhos sexuais é a boneca Realdoll, que custa em torno de oito mil dólares, o preço de um carro zero. Ela é maciça, ao contrário das infláveis antigas, é feita de silicone e óleo e tem esqueleto de titânio. É fabricada em diversas versões, como a asiática aí da foto. Até que ela é bem ajeitadinha, mas um sujeito que tem oito mil dólares para gastar assim não consegue uma mulher real? É bem verdade que essa não reclama de nada, e com ela só se gasta uma vez. Pensando bem?

O perseguido



Não adiantou o Schumacher largar e chegar atrás. Esqueceram de avisar o Montoya e o Raikkonen. Desta vez a culpa foi dos pneus Bridgestone para pista seca, que não andam tão bem quanto os Michelin enquanto a própria ainda está um pouco molhada. Eu sabia que tinha uma explicação razoável.

Fumar, só na rinha
Duda Mendonça, que disse para o presidente Lula não fumar nem beber em público porque não era um bom exemplo, foi preso em rinha de galo. Convenhamos. A Marina Silva, que adora chorar por causa da soja transgênica, deve estar se debulhando em lágrimas. Como disse o Marcos Sá Corrêa, Duda é um marqueteiro tão competente e leal à causa - seja ela qual for, acrescento - que deu ao cliente a maior arma de marketing da história: para melhorar a imagem do governo, basta demiti-lo.

[email protected]



Eliziário Goulart Rocha é jornalista e escritor, autor dos romances Silêncio no Bordel de Tia Chininha, Dona Deusa e seus Arredores Escandalosos e da ficção juvenil Eliakan e a Desordem dos Sete Mundos.

Autor
 Eliziário Goulart Rocha é jornalista e escritor, autor dos romances Silêncio no Bordel de Tia Chininha, Dona Deusa e seus Arredores Escandalosos e da ficção juvenil Eliakan e a Desordem dos Sete Mundos.

Comments