"Eu, robô"

Primeira lei: "Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, deixar um ser humano exposto ao perigo". Segunda lei: "O robô …

Primeira lei: "Um robô não pode ferir um ser humano ou, por omissão, deixar um ser humano exposto ao perigo".


Segunda lei: "O robô deve obedecer às ordens dada pelos seres humanos, a menos quando tais ordens estiverem em contradição com a primeira lei".


Terceira lei: "Um robô deve proteger sua existência na medida em que esta proteção não for contrária com a primeira e a segunda leis."


Estas três leis da robótica foram elaboradas por Isaac Asimov, já falecido, em seu livro "Eu, robô", o primeiro de uma série sobre o tema. Asimov, físico, aproveitou seus conhecimentos como escritor de ficção científica, sendo diversas vezes premiado. Nesta modalidade de literatura, é habitual colocar os fatos num futuro remoto. Pois o futuro chegou com Adam. Adão, o primeiro homem. Isto se considerarmos um robô com um cérebro capaz de criar, até agora, atributo dos humanos. E está sendo projetada Eve, Eva, a primeira mulher. Um indicador dos caminhos que a robótica pode seguir, ou apenas um jogo de palavras?


Segundo a BBC, cientistas britânicos criaram um robô capaz de realizar não só experiências repetitivas, como também descobrir novos conhecimentos científicos. O trabalho destes cientistas, da Universidade de Abetryslrth, foi publicado na revista especializada Science: "O robô Adam pode fazer até mil experiências por dia e foi projetado para investigar a função de genes nas células de levedura. Biólogos usam as células de levedura para investigar sistemas biológicos, porque estas células são simples e fáceis de estudar".


Nem tanto. Diz Ross King, do Departamento de Ciência Computacional da Universidade que, quando se faz a sequência dos genomas da levedura, os seis mil genes diferentes, sabe-se que são todas partes componentes, mas não se sabe o que fazem. Adam conseguiu descobrir a função de 12 destes genes ao observar as células de levedura durante o crescimento. Para isto, usou informações já existentes sobre a função dos genes já decifrados para prever que um gene desconhecido poderia ter no crescimento da célula. Adam então testou o gene ao observar uma variedade de levedura da qual aquele gene foi retirado.


Para Duc Pram, do Centro de Engenharia da Universidade de Cardiff, robôs como Adam podem ser utilizados como assistentes de laboratório. Com esta opinião realiza-se parcialmente o sonho de Karel Capek, de 1923, que cunhou a palavra tcheca robotnik. Seriam como servos, cujos protótipos foram exibidos em feiras de variedades.


Aproveitando o sonho de Kapek, a ideia da construção de robôs começou a tomar força no século ado, pela necessidade de aumentar a produtividade e a qualidade dos produtos. Nesta época o robô industrial encontrou suas primeiras aplicações. George Deval é o pai da robótica industrial. No momento presente, com a evolução da robótica, os robôs inteligentes, como Adam, serão disseminados. "Veja-se Adam. Haverá um custo elevado, mas compensará", afirma Ross King. (Com pesquisas em "Eu, robô" de Isaac Asimov, e citações da revista Science e daBBC)

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