Estórias e mazelas antigas

Em uma autoestrada, muito movimentada, seguiam muitos carros em alta velocidade. O policial rodoviário apitou e, em seguida, parou o carro de um jovem …

Em uma autoestrada, muito movimentada, seguiam muitos carros em alta velocidade. O policial rodoviário apitou e, em seguida, parou o carro de um jovem que, de fato, trafegava desrespeitando o limite estabelecido.


O jovem indignado reclamou: "Poxa, todos os carros estavam acima do limite permitido. Por que só eu fui parado para ser multado!


Ao que o policial respondeu: "Sei que todos estavam correndo demais. Apitei e você foi o único que parou".


E lascou uma multa.


Esta estória tem tudo a ver com a situação do deputado do castelo.


Há anos, estava no Congresso, sem ser molestado, com uma declaração de renda mais furada que meia de pobre e nada havia acontecido. Bastou ele apresentar-se para um cargo de destaque, estourou um escândalo. Foi assim com Renan, com Jáder, com Genoíno e com outros menos votados.


Quantos parlamentares podem ir para a berlinda sem surgir fogo cerrado? Haverá no Congresso dez por cento de deputados e senadores com ficha limpa?


Sei. Você está a pensar que sou muito cruel. Que os parlamentares representam o povo, daí, se o povo?


Vamos, então, para outra estória. Esta teria acontecido em uma cidade do sul do Brasil. Em função de muitos atropelamentos que ocorriam em um determinado local, o secretário dos Transportes mandou colocar uma placa, proibindo a travessia ali.


Equivocadamente, a placa foi pintada com os dizeres: "Proibida a travessia de pederastas".


Logo, houve certa comoção e até tímidos protestos, que chegaram aos ouvidos do secretário, com a solicitação de correção.


Ele, conhecedor dos hábitos sexuais dominantes na localidade, decidiu: "Deixa assim, por causa de dois ou três, não vale a pena gastar tinta!".


Nesta semana, o senador Jarbas Vasconcelos, nas páginas amarelas da Veja, detonou o PMDB. Chamou os parlamentares da sigla de fisiológicos, oportunistas, clientelistas e facilitadores da corrupção, entre outros afagos.


Certamente, se houve equívoco do senador, este ou pela generalização, mas, como na estorinha, por causa de uma meia dúzia não vale a pena a retificação. As exceções, todos sabem quais são.


Não é verdade, senador Simon?


Perguntando


> Alguém sabe dizer no que deu o assunto do Ministro do STJ acusado de comercialização de sentenças? Aposentou-se e continua vivendo do seu e do meu imposto? Vai ficar por isto mesmo?


> Não é estranho um deputado do MST e da base do governo que levou a saúde do Brasil à quase perfeição (a declaração do Lula é de 2006, será que já não chegamos lá?) vir a falecer no Hospital Moinhos de Vento?


> Depois da Débora Secco e da Wanda Nara, este Grêmio sabe contratar, não?


> Quanto custou o criminoso evento de lançamento da candidatura da sinistra ministra na semana ada? O Ministério Público não vai agir neste caso?

Autor
André Arnt, diretor da Coletiva EAC, é de empresas, consultor e professor universitário. Coordenou cursos de pós-graduação nas áreas de negócios e marketing. Atua como consultor em estratégia empresarial. É colaborador da Coletiva.net.

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