Erramos todos

O erro é o mesmo. Pensar que se sabe, viu, leu ou ouviu falar. A pré-construção do texto tem sempre um pretexto. Li sobre …

O erro é o mesmo. Pensar que se sabe, viu, leu ou ouviu falar. A pré-construção do texto tem sempre um pretexto. Li sobre um museu que mostrava as unhas do Elvis, recolhidas de algum tapete, e filmes não-revelados de fotos feitas por Marilyn Monroe em Paris. O que falta nessa informação, a gente completa. E aí, existem zilhões de idéias de museus que apresentam unhas do Elvis e filmes não-revelados de Marilyn Monroe, por aí.
Tente agora não sair dizendo que sabe que existe um museu onde mostravam as unhas do Elvis em algum lugar, onde também, diziam, há museus de cera. Seria na Disney, ou em qualquer lugar inventado e construído em castelos sobre morros. Tal como em Hollywood. O que importa são as informações superficiais. As aparências importam e somos bonecos. Enxergamos sempre a ponta do iceberg. Se já está difícil encontrar um assunto sobre o qual nos rendêssemos e disséssemos: isto eu não conheço. E se parássemos para pensar o que seria não precisar conhecer o inútil?
E quem diz o que é o inútil? Quem acredita neste mundo de faz-de-conta, não pode estar falando sério. E quem é que inventa o faz-de-conta?
O comportamento humano é um caldo vivo. Impossível conhecer todos os ingredientes. Mas é possível provar alguns. O paladar deve estar sempre acurado. Para aproveitarmos melhor o dia.
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