Eleições 2006: um novo desafio

2005 está terminando. É ano ímpar e, portanto, no ano que vem haverá eleições no Brasil. Campanhas eleitorais significam oportunidades de trabalho para agências …

2005 está terminando. É ano ímpar e, portanto, no ano que vem haverá eleições no Brasil.


Campanhas eleitorais significam oportunidades de trabalho para agências de propaganda, jornalistas e demais profissionais de comunicação.


Cada vez mais, entretanto, o Marketing eleitoral tem demandado profissionais especializados.


Agências de propaganda convencionais, ao atenderem seus clientes privados, na grande maioria das vezes focam as classes A e B. Marketing eleitoral implica atingir todo o eleitorado. É imprescindível falar às classes C, D e E, onde se concentra a grande massa de eleitores.


Além disso, empresas privadas, em geral, têm departamentos de Marketing que entregam em briefing à agência a ação de comunicação previamente pensada do ponto de vista do marketing. Na campanha eleitoral há que se elaborar a solução plena, é necessário conhecer política, eleitores e estratégias de marketing. Cabe ao profissional de marketing eleitoral gerar o seu briefing.


Não se está dizendo aqui que uma agência de propaganda não possa executar um bom trabalho em uma campanha eleitoral. É possível, mas implica rever conceitos.


Um filme publicitário voltado a comunicar um automóvel, por exemplo, pode estar repleto de informações escritas dando e à apresentação das características do produto. Elas serão compreendidas pelo segmento que se quer atingir.


Textos na propaganda eleitoral são desaconselhados devido à grande quantidade de analfabetos funcionais no público-alvo.


Em uma situação ideal, é recomendável que as agências que desejem atuar em campanhas tenham um departamento de marketing político, que atue nos anos pares e nos anos ímpares, pois se nos primeiros há necessidade de ganhar eleições, durante todo tempo é necessário praticar o marketing institucional em todas as esferas do governo.


A especialização em marketing político é imperativa. Requer capacidade de análise de cenários, identificação de forças e fraquezas dos candidatos, conhecimento de técnicas de pesquisa, domínio de modelos estratégicos e de marketing. É essencial conhecer publicidade e propaganda, bem como todas as ferramentas de comunicação. Além disso tudo, é importante gostar de política.


É claro que os profissionais formados nas diversas áreas da Comunicação Social têm boa parte destes requisitos, mas não têm todos.


Capacitação será, cada vez mais, um objetivo a ser perseguido!

Autor
André Arnt, diretor da Coletiva EAC, é de empresas, consultor e professor universitário. Coordenou cursos de pós-graduação nas áreas de negócios e marketing. Atua como consultor em estratégia empresarial. É colaborador da Coletiva.net.

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