Dos painéis da FIFA
Na decisão da Copa das Confederações, houve um fenômeno interessante: por utilizar não placas de publicidade estáticas, mas painéis luminosos, os patrocinadores alternav
Na decisão da Copa das Confederações, houve um fenômeno interessante: por utilizar não placas de publicidade estáticas, mas painéis luminosos, os patrocinadores alternavam-se aparentemente sem um critério claro. Assim sendo, a publicidade que fica atrás do gol teve, no primeiro gol do Brasil, exposição total na publicidade da linha de fundo e atrás do gol. No segundo gol, a publicidade mudou exatamente no momento de a bola entrar, ando de Adidas para a Kia Motors.
O debate que se instala é que a venda do patrocínio é feita atualmente pelo modelo de publicidade estática, ou seja, as propriedades mais valorizadas(e pelas quais são cobrados os maiores valores) são as de meio de campo e as que ficam ao lado e atrás das goleiras. Isto se explica porque as de meio campo têm mais tempo de exposição(é o trecho do campo onde a bola rola por mais tempo) e as de linha de fundo porque há as reprises de gol, nos programas esportivos, emprestando maior repetição na exposição de marcas.
Na realidade estamos, em função das novas tecnologias, migrando permanentemente de formatos e, forçosamente, teremos que migrar para outros modelos de comercialização. Não estamos falando apenas de painéis luminosos que estão substituindo as placas estáticas. Estamos falando de tecnologia 3G nos celulares, de YouTube, entre várias outras ferramentas(Twitter, por exemplo. Há empresas que estão fazendo recrutamento através desta rede de relacionamento).
Não estamos falando ainda em direitos de rádio, um velho debate. Se há a cobrança de direitos de TV, Internet, publicidade estática e tudo é comercializado e precificado, há que se entender porque, até hoje, nunca foi instituída a cobrança de direitos de rádio, que igualmente obtém faturamento(patrocínios e inserções comerciais) decorrentes dos jogos dos clubes de futebol. Mas este é um outro debate, que fica para a próxima.