Comunicação zero
Este artigo deveria estar repleto de números e em especial com uma análise das informações objetivas que serviriam de base para o comentário que …
Este artigo deveria estar repleto de números e em especial com uma análise das informações objetivas que serviriam de base para o comentário que o motiva. No entanto, por força das circunstâncias, terminou se transformando em uma bastante irritada apreciação do quanto faz falta uma boa gestão de comunicação numa grande empresa. Vamos aos fatos.
Na noite de ontem, acompanhei, pela Recordnews, o antes, durante e depois da festa que reuniu um grande povo, em São Paulo, e que foi anunciada como uma grande surpresa. Que, na verdade, era a divulgação do crescimento impressionante dos números de audiência no que diz respeito ao jornalismo da casa em relação à (a todo momento citada, com esta palavra) concorrência.
Sou, desde o primeiro momento, fã da Recordnews. Sempre achei uma bela idéia um canal aberto de jornalismo 24 horas. E, apesar de alguns programas descartáveis (como aquele "feminino" do sábado à tarde e o do Álvaro Gernero, que seria ótimo sem ele), acho a grade muito boa.
Por isso, quis escrever hoje sobre este salto de audiência que a emissora vem registrando.
Como não anotei nada ontem, fui hoje ao site da Rede Record. Apenas registros de programas, em separado, nem ao menos uma matéria falando globalmente sobre a festa e sua motivação com os desejados números.
Mandei mail através do fale conosco. Como sempre aconteceu, não recebi resposta.
Liguei para o 102, solicitei o número geral da Rede Record. A gravação me disse: não há registro deste número.
Telefonei, então, para a TV2 e a minha querida colega de outros tempos, Vera Bosak, me atendeu e carinhosamente me encaminou para uma colega que teria as informações. A colega me explicou que, como os dados diziam respeito ao jornalismo, ela não dispunha de informações e me ou o telefone do Diretor de Comunicação da Record, Ricardo Frota, assim como seu mail. Enviei o mail, explicando o que queria. Como começou a demorar uma possível resposta, telefonei. Me atendeu um moço que me ou para uma colega. Primeiro, foi uma graaaaaaaade dificuldade ela entender o que eu queria e mostrou certa preocupação em saber de onde eu era. Quando falei no Coletiva, ela pediu um tempinho, saiu da linha e voltou me dizendo que, em 15 minutos, eles estariam distribuindo um release com todos os dados para os veículos.
Anotou (será???) meu mail e? até agora, nada. A matéria, agora, está no site.
Ok. Quase 24 horas depois, o que já é um absurdo.
Sem falar a falta de consideração e profissionalismo ao não enviar o material para quem pediu. Até porque duvido que muita gente tenha procurado a Record para saber destas informações.
Para quem quer estar "a caminho da liderança", francamente, a lição de casa começa a ser feita? em casa.
Uma assessoria de comunicação ou Sala de Imprensa, como eles chamam lá, que despreza um jornalista em busca de informações precisa de uma boa olhada e uma boa injeção de gestão.
Não vou comentar o que queria. Já está ali, no link, acima, e quem se interessar vai poder ler.
Me irrita, profundamente, este tipo de atitude.
Considero amadorismo. Tanto quanto o volume de adjetivos que o texto aqui linkado apresenta.
Ainda sou fã do trabalho de jornalismo da Record.
Mas considero muito ruim sua interface de comunicação.
Para quem "quer fazer história no futuro", é preciso mais. Em especial agilidade no site, que é pobre demais e fica devendo muito "à concorrente", o melhor instrumento para quem fala com público segmentado, como jornalistas interessados em fazer um texto consistente sobre um fato.
Lamentável.