Esta coluna nasceu em função de ter tido a oportunidade de conhecer de perto o sensacional trabalho que a m+a celebrity (divisão de gerenciamento de imagem de celebridades da m+a) desenvolve, capitaneada pelo Arthur Bender.
      Não há uma noção clara, por parte das celebridades, do que é possível fazer em termos de gerenciamento de imagem, para blindá-las contra os maus momentos de todas as carreiras.
      Peguemos o exemplo de um jogador de futebol. Mais especificamente, Ronaldo Nazário: antes da Copa do Mundo e do sucesso que ele lá obteve, consagrando-se como um dos mais importantes atletas na conquista do pentacampeonato, ele vinha atravessando uma fase crítica. Sucessivas lesões estavam impondo a ele o estigma de jogador acabado para o futebol. Se dependesse, portanto, unicamente do futebol, estaria em um momento de grande baixa pessoal e profissional.
      Porém, não sei se por feeling próprio ou assessorado, ele se tornou embaixador da Unesco. Com isto, pôde se proteger dos insucessos e estar presente na mídia associando à sua imagem uma idéia de cidadão socialmente responsável, engajado, um vencedor. Este é um dos itens que compõem o gerenciamento de imagem da carreira de celebridades.
      Quando falo em celebridades, não falo somente de Ronaldo, Michael Jackson, Madonna. Todos os que têm uma vida pública (empresários, executivos, políticos) e exposição na mídia estão sujeitos aos impactos de suas atitudes e declarações nas suas carreiras. Gerenciá-las da melhor forma é, portanto, imperativo.
      Vejamos um outro exemplo: Gisele Bündchen. Recentemente, foi alvo de protestos de ativistas pró-preservação por ter desfilado para uma grife de casacos de pele (Blackglama). Invadiram seu desfile com cartazes ofensivos. Embora ela tenha ficado imível, sua imagem não ficou. Foi arranhada. Ela poderia ter evitado. Num mundo em que se fala cada vez mais em preservação da natureza, a top número 1 do mundo desfilar de casacos de pele pode ter sido um grande equívoco. Um bom gerenciamento de imagem poderia ter evitado ou, caso não fosse possível, atenuar seus efeitos. (Para ler a matéria da Veja sobre o caso, clique aqui)
      Outro caso muito interessante é o da adolescente Ellen Feiss, que se tornou celebridade mundial a partir de um comercial que nunca foi à TV. Ela fez a propaganda para a Apple, que foi utilizada somente em uma feira e, depois disto, só era encontrada no site da própria Apple. Apesar de ser uma garota comum, que fez a propaganda com um abrigo comum, com o cabelo preso, suscitou algumas polêmicas. Uma delas foi sobre os olhos vermelhos da garota, que poderiam, segundo os comentários que entupiram a Internet, ser fruto de drogas. Outra foi o seu jeito mole de falar. Não há uma razão bem conhecida para o sucesso, posto que as análises são desencontradas e as informações também. Mas inúmeros sites sobre ela já existem na Internet. Um deles, de fã-clube, já recebeu mais de 25 mil visitas até o momento. E, pasmem (só poderiam ser os americanos!), ela foi convidada por David Letterman, que conduz um dos mais populares programas de entrevistas dos EUA a participar. Seria o que se pode chamar de efeito Andy Warhol.
      Como se vê, nossa sociedade é de altíssima visibilidade. Transforma anônimos em famosos num legítimo piscar de olhos. Portanto, é melhor estar preparado, pois o seu dia de Ellen Feiss pode chegar amanhã.
Sites relacionados a Ellen Feiss:
Veja o comercial da Apple: aqui

Matéria da Folha de São Paulo sobre o assunto: aqui

Ellen Feiss Fan Club: aqui
Livros
Campus
      A Campus me enviou um livro interessantíssimo: Produtos Arrasadores, de Gary Lynn e Richard Reilly. A publicação procura compreender, através de uma análise profunda, os segredos que tornam um produto um sucesso. O livro resulta da compilação de mais de dez anos de pesquisa, com 700 equipes, com histórias de quase cinqüenta produtos mais bem-sucedidos do mundo. Entre eles, a lâmina de barbear Sensor, da Gillette e o creme dental Colgate.
www.campus.com.br, visite o site e conheça este e outros lançamentos.
Bookman
      A Bookman tem um livro que será de grande interesse àqueles que atuam na área tecnológica, mas que certamente também interessará a quem atua em marketing. Marketing para produtos inovadores, de Parasuraman e Colby. Procura destacar que as estratégias de marketing de produtos e serviços com alto índice de tecnologia podem ser diferentes das para produtos de baixa tecnologia. Um livro instigante, que nos faz refletir.
Clique www.bookman.com.br e conheça o livro.
( [email protected])