Batendo na mesma tecla
Por Renato Dornelles

Sem que muita gente perceba, outros digam que é "mania de perseguição" ou "teoria da conspiração", uma perigosa tendência ronda o "Velho" e o "Novo" Mundo. A repetição de fatos tem demonstrado que não é mera coincidência ou fatos isolados.
Considerado o homem mais rico do mundo, o bilionário Elon Musk, dono de uma das redes sociais mais adas, tem se destacado nesse aspecto. Na coluna ada, já citamos aqui que, na posse do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, Musk fez uma comemoração com um gesto que, para especialistas, remete ao nazismo.
Despreocupado com a repercussão do gesto, Musk foi agora à Alemanha e, em um comício do partido de ultradireita AfD, pediu que o país esqueça a culpa do ado. Fez clara referência ao histórico nazista. E fez isso às vésperas da comemoração de 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
Quem tem interesse no esquecimento de fatos históricos como o nazismo? A História não deve ser esquecida para que os acontecimentos positivos sirvam sempre de exemplo e os negativos não sejam repetidos. Jamais.
É preciso reflexão. Muita, por sinal. Musk é dono do X (ex-Twitter), rede social que recentemente teve um embate com a Suprema Corte brasileira por, entre outras coisas, se negar a bloquear perfis que disseminavam fakes news.
Vou sempre bater nesta tecla: notícias falsas, ofensas, injúrias, calúnias e, principalmente, discursos de ódio como racismo, homofobia, etnocentrismo, LGBTfobia, xenofobia, misoginia e a intolerância religiosa não são liberdade de expressão.