Barrados no baile
A gente fomos barrados na festa, posamos pra foto e referendamos a competição internacional. Da próxima vez, acho que o Brasil deveria criar um …
A gente fomos barrados na festa, posamos pra foto e referendamos a competição internacional. Da próxima vez, acho que o Brasil deveria criar um prêmio à altura do Oscar e boicotar a Academia, junto com os demais povos latinos e afros. Só pra contrariar e fazer a nossa própria festa. Colocar uns bisontes de segurança, uma tevê aliada e, pronto.
Mas também é bom lembrar o que (eu acho) Gandhi diria: não podemos lutar com as armas deles, mas com as nossas, pois somos mais fortes com elas. Portanto, nada de imitar o Oscar. Pensar num formato maravilhoso, mas que obtivesse um resultado tão fantástico quanto ao alcançado pela saga do anel. A fórmula dos neozelandeses é a satisfação profissional de cada um. Trabalho: aquele saborear de desafios cotidianos. A superação própria, tal qual em um jogo de tênis.
É bom lembrar também Guga, novamente campeão, em casa, do jeito que somos, estourados, raivosos, medrosos e corajosos. O medo e a superação juntos. Aliás, esta é a mesma característica dos bravos profissionais que criaram o filme Cidade de Deus. A mesma circulação sangüínea, o mesmo e carinhoso conforto que buscamos eternamente.
A vida é mesmo opção: entre o sim e o não, o In e o Out, o Yang do in.
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