As Casas Bahia chegaram a Londres
Pelo menos nas páginas do prestigioso jornal inglês, Financial Times, cujo correspondente Jonatan Wheastley fez a cobertura este mês da inauguração da primeira filial …
Pelo menos nas páginas do prestigioso jornal inglês, Financial Times, cujo correspondente Jonatan Wheastley fez a cobertura este mês da inauguração da primeira filial de uma grande cadeia de lojas, as Casas Bahia, na favela. Trata-se da favela Paraisópolis, na Grande São Paulo. Será a 551ª loja da rede, e Wheatley, em suas pesquisas, acredita que outras redes seguirão o mesmo caminho.
"Embora seus produtos não sejam muito mais baratos do que aqueles vendidos por muitas outras lojas que têm como alvo clientes mais ricos, ela é altamente popular entre os pobres porque pagam em pequenas prestações", registra o jornal. E com juros pesados, que ficam em 4,5% ao mês ou cerca de 70% ao ano. Os clientes recebem um carnê de pagamentos e têm que ir à loja pagar as prestações. Isto faz com que adquiram novos produtos, a menos que pertençam ao grupo dos 10% dos inadimplentes.
Com exceção da gerência, as 50 vagas abertas para o funcionamento da loja foram preenchidas com moradores. Um jovem na multidão, que itiu a Wheatley pertencer ao PCC, a organização criminosa Primeiro Comando da Capital, disse que sua organização limita-se ao tráfico de drogas, não mais extorquindo dinheiro dos comerciantes. Isto deve atrair outras redes a implantar-se na favela.
Fundada em 1957,
"As Casas Bahia demonstraram grande esperteza ao inaugurar uma loja aqui", disse Tânia Ribeiro Alves, uma professora de inglês que faz trabalho voluntário
Mas a crise a ao largo da rede. As Casas Bahia esperam que suas vendas subam dos atuais R$ 13 bilhões, registrados no ano ado, para R$ 14 bilhões neste ano. A rede investiu E$ 2 milhões para abrir a loja de Paraisóplis. "Carlos Abreu, gerente da loja, disse a Wheatley que a rede deve abrir 30 novas filiais este ano, incluindo outras em favelas.