Amores que merecemos ter
Por Luan Pires

Hoje, a pergunta foi mais que uma pergunta porque eu sei que a na cabeça de muitos de vocês, humanos. O queridinho que me mandou a questão pediu anonimato, então, chamarei ele de "merecedor". Ele perguntou: Eu mereço um bom amor?
Pois, eu digo, Merecedor: você merece um amor maravilhoso. Não menos que isso. Um amor daqueles que arrepiam, que encaixam, que o papo flui, que o corpo treme. Daqueles que o tempo para e você sente que tem o suficiente, não importa o que. Não deixe a amargura do dia a dia nivelar o amor que você quer ter. Amores reais podem ser de cinema, mesmo quando não são. Podem ser maravilhosos e ruins e encantadores e chatos e contagiantes. Podem ser o que você quiser.
Grava aí, Merecedor: Amor não é algo prático. É equação com resultado quebrado. É um filme com final ambíguo. É estético como cinema francês, grandioso como musical antigo, racional como filme do Kubrick.
Amor é isso. Amar é aceitar o amor que você merece ter, como diria o filme. Nem que seja várias vezes na vida. Nem que seja uma única vez. É ser levado, afogado e perceber que não importa pra onde o mar te levar, o caminho tá maravilhoso. Amar é doer, e chorar, e escrever, e sonhar. Você vai tentar racionalizar, achar o certo e o adequado. Mas, não caia nessa. Não apresse esse amor, não fuja dele, também. Você saberá quando for quando não precisar dele e mesmo assim querer.
Lembre-se, Merecedor: amor só é amor se for perfeito (mesmo quando não ser).