Já faz alguns dias que, com ampla cobertura da imprensa local, o PSOL fez gravíssimas acusações ao Governo Yeda, referindo-se à fraude do Detran.

Falaram de gravações que implicavam figuras importantes do governo estadual, vinculando a corrupção à Governadora de forma indelével. Para causar mais impressão, faltaram provas que sustentassem as afirmações.

É possível que estas provas existam. Ou não?

Nos dois casos, providências drásticas deveriam ser tomadas.

Em países com outros valores, políticos flagrados em atos desonestos ou praticando denúncias falsas tendem a voluntariamente encerrar suas carreiras; às vezes, até, as suas vidas.

Sei. Estamos no Brasil. Aqui, se todo político pego com a mão na botija praticasse o suicídio, faltariam rabecões.

Entretanto, em nome da boa política que já se praticou neste Estado, cabe a proposta.

Em se demonstrando verdadeiras as acusações do PSOL, a Governadora encerraria sua carreira e voltaria para sua cátedra na Universidade.

Porém, se as acusações demonstrarem-se infundadas, que pendurem as chuteiras o vereador Pedro Ruas e a deputada Luciana Genro. Neste caso, livrar-se-ia o Rio Grande da nefasta dinastia.

Nos dois casos, sem prejuízo dos respectivos processos criminais, que por envolver políticos, já se sabe, não vão dar em nada.

Se por um lado a corrupção é um crime que precisa ser punido; por outro, o uso da imunidade parlamentar para enlamear figuras públicas é da mesma forma inaceitável, espalhando na opinião pública gaúcha o fio da suspeita.

Mas que a reação dos acusados, Aod fora, é estranha, não há dúvida?

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