Alá, meu bom Alá
Mas que calor, ô ô ô ô ô ôAtravessamos o deserto do Saara O sol estava quenteQueimou a nossa cara Viemos do EgitoE muitas …
Mas que calor, ô ô ô ô ô ô
Atravessamos o deserto do Saara
O sol estava quente
Queimou a nossa cara
Viemos do Egito
E muitas vezes
Nós tivemos que rezar
Allah! allah! allah, meu bom allah!
Mande água pra ioiô
Mande água pra iaiá
Allah! meu bom allah
(Haroldo Lobo E Nássara)
Quando vou a uma cidade grande pela primeira vez, tenho o hábito de fazer logo um city tour, para me apropriar da geografia urbana básica.
Em Madri, não foi diferente, e o Museu do Prado foi uma das primeiras paradas do tour.
Com menos de 10 minutos de visitação, avisei o guia que ficaria por lá mesmo e me dirigi para a sala onde estavam expostos Hieronymus Bosch (1450-1516) e Pieter Bruegel (1525-1569).
Esse contato visual com algumas telas confirmou o choque que eu tivera, há anos, ao conhecer os dois pintores flamengos através dos livros.
Esses artistas da Renascença, ao criarem cenas de séculos anteriores - Idade Média - registraram momentos pictóricos que nos remetem para alguns séculos além de suas próprias épocas.
André Breton, escritor e poeta francês, autor do Manifesto Surrealista - 1924 - movimento que significa em síntese - e de forma simplista - expressar-se através do inconsciente, sem nenhum autopoliciamento.
Além do próprio Breton, outros artistas, como os pintores Magritte, Max Ernest, Salvador Dalí e o cineasta Buñuel, também aram para a história das artes.
Tive um surto surreal e "colei", aqui, anteriores absurdos gerados por esta cuca e então censurados.
Como compôs Chico Buarque, "hoje o samba saiu (do criolo doido):
- Verdade que você se converteu ao islamismo?
- Sim.
- E desde quando?
- Há pouco tempo.
- Como foi essa conversão?
- Simples. Comecei a reparar nos muçulmanos terroristas e a grande quantidade deles que se suicidam.
- Não entendi.
- Também não entendia, mas ficou óbvio quando li que, ao morrer, eles são gratificados com 100 jovens virgens.
- E você acredita nessa balela?
- Ora, quando me fizeram cristão, não fui logo condenado ao pecado original? Adão e Eva transam e eu acabo condenado?! Nem que fosse um sexo grupal?
- Ora, ora?
- Ora, também me ensinaram que, ao expulsar o casal do Paraíso, Deus soltou a praga eterna: Ganharás o pão com o suor do teu rosto.
- E daí?
- O Paraíso tinha pão? E depois da expulsão foi sonegado? O casal foi jogado num mundo ainda sem fogo, sem trigo e sem mágico para tirar o pão da cartola?
- Metáforas?
- E os 600 anos para Noé construir a arca? Dia e noite duravam só duas horas? Quantos anos levou Noé para juntar alimentos e água potável para sustentar aquela bicharada toda?
- Isso nem sei?
- E o genocídio através do Dilúvio é metáfora?
- Você?
- Você coisa nenhuma. Vocês encheram minha cabeça com balelas absurdas e não acreditam nas 100 virgens?
- Mas?
- Troquei a Bíblia pelo Alcorão. Seja lá o que for, minha permuta é superlucrativa e, se for balela, balelas por balelas?
- E esse islamita presidente do Irã, Ahmadinejad, afirmando que nunca houve o genocídio?
- Presidente imbecil não é exclusividade do Irã. Mas, e o coitado daquele arcebispo que excomungou os envolvidos naquele aborto em Pernambuco?
- Caduquice, acho. Mas como foi sua conversão?
- Simples, muito simples. No último censo, face à pergunta "Religião", escrevi "muçulmana".
