A volta

Depois de um mês sem postar nenhum texto volto a me comunicar com meus dezenove leitores. Foi um período de imersão em projetos específicos …

Depois de um mês sem postar nenhum texto volto a me comunicar com meus dezenove leitores.


Foi um período de imersão em projetos específicos e de férias.


Meu último texto, no qual comparei o Brasil ao Congo, foi apoiado por metade das mensagens que entraram no meu e-mail pessoal e abominado por outra metade.


Quem mandou mensagens tomou posição. Pessoas amigas e queridas estiveram, junto com outras que não conheço, entre as que criticaram meu texto. Trataram como absurda a comparação entre os dois países. Será que eu não sabia que o Congo foi submetido a uma ditadura terrível?


Como estas mensagens todas chegaram antes do "acidente" de 17 de julho, acredito que seria tripudiar qualquer resposta acerca do tema. Nosso Desgoverno, por ação ou omissão, assassinou 199 pessoas.


Se a ditadura é uma chaga, e é, a incompetência e a falta de seriedade de um governo também arrasam vidas e perspectivas de futuro.


Este breve período fora do site tirou-me, ainda, a oportunidade de escrever sobre a falta de seriedade da tal da Anac, do "Toptop", da fiscalização das empresas aéreas, da ausência do Presidente da República e, principalmente, da falta que farão as vítimas de tudo isto.


Fora do "acidente", aram batidas, entre outras, boa parte das ridículas explicações do Renan, a corrupção dos selos e as obras do Pan do Rio - será que o superfaturamento vai ficar por isso mesmo?   


Quanto às férias, foram no Uruguai e na Argentina. Países que crescem mais do que nós, que têm mais segurança pública e respeitam mais a vida. Ou será que os tannats e malbecs fizeram-me achar que a esquerda dos outros é menos desgraçada que a nossa?




Perguntando:



·      Encerrados Pan e Parapan, não seria o caso de premiar o ministro da Justiça com uma medalha? Ele bateu o record em desrespeito aos direitos humanos ao devolver, ligeirinho, dois atletas cubanos à ditadura de seu país.


·      Não é muita falta de sensibilidade da Claro colocar no ar um anúncio "brincando" com uma locutora de aeroporto, um mês depois do "acidente" de Congonhas?


·      Será que Rogério Mendelski não esqueceu seu kit de temperos na Pampa? O programa está com jeito de comida de hospital na Guaíba.


·      Este julgamento que está acontecendo no Supremo, que remete a um conto arábico, tem chance de ar a ter seu personagem principal chamado a dar suas explicações?

Autor
André Arnt, diretor da Coletiva EAC, é de empresas, consultor e professor universitário. Coordenou cursos de pós-graduação nas áreas de negócios e marketing. Atua como consultor em estratégia empresarial. É colaborador da Coletiva.net.

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