Todas as manhãs os jornalistas da inglesa Prospect reúnem-se para assistir à BBC e, em seguida, ao "Web Log of de Complete-rewiew.com salon". Trata-se de um programa exclusivo de blogs. "Existe um aspecto extremamente convencional na maneira com que são discutidos  jornais e revistas culturais", diz Jason Cowley, editor sênior do "The Observer".

Mesmo com a Amazon, os  leitores enfrentam dificuldades para conseguir resenhas e livros. Com a exceção de Michel Houllenback, cujos romances são publicados na Inglaterra e Estados Unidos, Cowley não lembra de um escritor de língua estrangeira que tenha sido resenhado na Inglaterra. E aí entram os blogs, apresentando as últimas novidades literárias.

Há uma quantidade excessiva de blogs que não am de narcisismo, mas outros levam a sério seu trabalho, com novidades fascinantes.

O APOIO MÚTUO

Uma das características é o fato de se apoiarem muito um nos outros notáveis dos blogueiros que se dedicam ao mundo dos livros. No caso, parece não haver rivalidades. Existe, sem dúvida, um caráter referencial e paradisíaco em todo este processo, possivelmente provocado pelo fato de se estar escrevendo no vazio. Ao mesmo tempo em que você pode se dedicar a criar um link com outro colega blogueiro, existe uma boa chance para que ele ou ela devolva a gentileza - e com isto um diálogo pode estar começando.

UMA NOVA ERA

O problema, conforme o jornalista Trevor Butterwoo, em artigo para o "Financial Times", é que pessoas trazem livros dentro si e querem que sejam lidos. O jornalista parodia os blogs temporários com a frase de Warhol, segundo a qual todo mundo tem direito a 15 minutos de glória. E, falando seriamente, diz que os blogs estão fugindo dos guardiões da mídia tradicional. O que ele considera bastante positivo, embora, devido à sua própria característica, não existe cálculo sobre o total de blogs que hoje estão disponíveis no ciberespaço.