A crise e a mídia

Nos últimos dias recrudesceu a "queda-de-braço" entre a Governadora e o Presidente do Tribunal de Justiça. Noves fora a absoluta falta de fidalguia e …

Nos últimos dias recrudesceu a "queda-de-braço" entre a Governadora e o Presidente do Tribunal de Justiça. Noves fora a absoluta falta de fidalguia e preconceito dele - já pensou ser paulista e ter um processo julgado através dos seus paradigmas? -, o foco da discussão não muda.


O Judiciário não ite que mexam no seu quinhão e a Governadora indica a insolvência de Estado. O Presidente do Tribunal apóia-se na Constituição - aquela Cidadã, lembra? Só que, para ela, alguns são mais cidadãos que os outros - e a Governadora parte para o ataque, reafirmando a falta de recursos para as necessidades mais prementes.


Neste processo, qual o papel da imprensa?


Até o momento, o que ela mais tem feito é colocar microfones, bloco e caneta diante dos envolvidos e registrado posições. Assiste como quem acompanha uma partida de tênis.


A hora é de aprofundar informações. É imperativo que, se a grande despesa do Estado é com pessoal, que se coloque uma lupa nestas contas. A sociedade tem o direito de saber!


É verdade, por exemplo, que fiscais da Receita aposentados ganham prêmio por produtividade? E os da ativa precisam prêmio para fazer aquilo para o que são pagos?


Quantos coronéis tem a Brigada Militar? Destes, quantos são os aposentados?


Quanto ganha um soldado da Brigada? E uma professora com regime de dedicação integral e formação superior completa, no fim da carreira?


O Judiciário informa que para prestar serviço de qualidade tem que receber seus valores sem redução. Falta gente no Judiciário? Como funcionam as férias dos juízes? Trinta dias?


Quanto ganha um juiz no início de carreira? E no final?


Claro que todas as corporações sempre terão como alegar os tais direitos adquiridos. Considerando, entretanto, a capacidade de prestação de serviço do Estado e os direitos da cidadania como um todo, no mínimo, a sociedade tem o direito de saber se elas adquiriram direitos ou privilégios. Das perguntas acima, só uma sei responder: professores e soldados são muito mal pagos. Qual a importância da segurança e da educação para nós?


À imprensa cabe aprofundar esta discussão. Se não o fizer, alguém, num futuro não muito distante, poderá acusá-la de covardia.


Perguntando:



·  O que teria feito a Ideli e outros senadores do PT voltarem-se contra o Renan tão rapidamente?


·  Lula de volta em 2014? Quer um motivo melhor para emigrar?

Autor
André Arnt, diretor da Coletiva EAC, é de empresas, consultor e professor universitário. Coordenou cursos de pós-graduação nas áreas de negócios e marketing. Atua como consultor em estratégia empresarial. É colaborador da Coletiva.net.

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