A confissão dos ficantes
Para alguns ficantes (que não vão ao litoral norte no verão), as obrigações continuam. Check-up, por exemplo. Para os católicos, ir ao dentista de …
Para alguns ficantes (que não vão ao litoral norte no verão), as obrigações continuam. Check-up, por exemplo. Para os católicos, ir ao dentista de dois em dois anos no mínimo, tendo ou não problemas, é mais ou menos como a confissão. Você estende o tempo o quanto pode. Bateu dois anos, você cumpre o rito. Se foi boa pessoa, a penitência (ou o tratamento) será leve. Caso contrário, o sofrimento é certo. Na primeira vez, o dentista afiançava: tens que vir tantas vezes. Poderiam ser dez ou apenas seis. Quando precisávamos menos de quatro visitas, era a glória: a vez de ser o virtuose do teclado. Afinal, regras existem para serem cumpridas.
No verão de 2004, penso que a gente anda meio aquartelada. Tipo em alerta, de olho nas notícias que chegam. Em cima do que sinalizam os clientes, os fornecedores. Comparamos este ano ao que ou e estamos cada vez mais em estado de alerta. Uma bomba pode cair ao lado de sua casa, o Brasil pode entrar em guerra com os Estados Unidos pela Amazônia, algo de pessoal poderá abalar os seus negócios. E o sinal pode ser a sua falta de contribuição. Por isso, confesse: você anda evitando seu dentista?
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