Lee Iacocca, o megaexecutivo que fez carreira na Ford e de lá foi demitido após um dos anos de melhor resultado da companhia, ao ser contratado pela Crysler, encontrou a empresa com enormes dificuldades. Faltavam crédito, produtos para serem lançados, comprometimento dos recursos humanos, entre outras carências de uma empresa que se encaminhava para a falência.

Entretanto, o maior problema enfrentado por Lee não era nenhum destes, mas a falta de credibilidade do consumidor. Alguém compra carros de uma montadora que está fechando?

Se Você que é amante de certa marca de cereais matinais descobrisse que a empresa produtora desta marca falira, provavelmente correria ao supermercado para fazer um estoque de despedida.  

Por outro lado, se Você estivesse prestes a ingressar na faculdade e soubesse que uma das instituições que Você poderia escolher está ando por sérias dificuldades financeiras seu comportamento seria análogo? Certamente, não.

Havendo um grande número de escolas de ensino superior disponíveis, a tendência da escolha deve ser por aquela que garanta a melhor formação possível, considerando o recurso investido, com a segurança de que o curso poderá ser concluído.

Ora, este é o elemento dificultador para a sobrevivência de uma universidade que enfrenta greves de professores, inadimplência com fornecedores e atraso de impostos. É muito mais difícil captar novos alunos.

Ainda que se considere a grande capacidade do Desgoverno Lula para o desperdício e para a demagogia, nem ele parece com coragem para socorrer uma instituição em graves dificuldades, pois seria uma "jurisprudência" para outras universidades. Logo, é pouco provável que a salvação venha daí.

Restaria a encampação da universidade em dificuldade por outra, o que só aconteceria se houvesse atratividade no negócio. A dita viabilidade econômica.

Situações deste tipo tendem a piorar com o tempo?