Existe vida depois da morte. A essa conclusão finalmente cheguei ao atravessar a estrada que liga o paraíso a Porto Alegre. Guarda do Embaú. …
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04/11/2002 00:00
img src="fotos/coluna_clo_04_11.jpg" align="right" border="1"> Existe vida depois da morte. A essa conclusão finalmente cheguei ao atravessar a estrada que liga o paraíso a Porto Alegre. Guarda do Embaú. Sinto divulgar isso, camaradas, mas a estrada é de matar. Ao invés disso, um lugar que tira você do mundo da mídia. E a beleza ainda é de convencer cego a ver. Claro que o convívio explica o ritmo do local. O sono vem do mar. E o tempo vira um só. A paz tem nome. Nunca poderei repetir, mesmo porque tinha um gostinho de reprise. O meu horóscopo dizia com uma superpropriedade que não sei de onde vem. A Amanda acerta sempre comigo.
Ainda bem que não tenho talento para descrever as tragédias em que penso. Se o fizesse, deixaria criancinhas sem dormir. Soa à guerra. Pessoas que morrem e matam. Tinha a ver com guerra. São dois assuntos bem divididos, a guerra e paz. A lei e os buracos na estrada, as altas velocidades, os códigos de trânsito. Agora, de longe, não sei como consegui sobreviver à Guarda. E, apesar de não ter vivido tanto stress anteriormente em minha vida, a viagem teve gosto de reprise. Não posso imaginar o que quer que venha pela frente.
Sob ponto de vista gráfico, duas capas merecem destaque nesta 48a Feira do Livro de Porto Alegre ?A arte de pilotar o medo?, de Álvaro LarangeiraTeixeira com capa e excelente projeto gráfico de Marco Peres (Ed. Literalis) e ?Álbum de Figurinhas? de Carlos Urbim, capa de Marco Cena (AGE Editora). (
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