O pirata do Caribe de plantão 7283q

Recentemente estreou na capital dos gaúchos o filme Piratas do Caribe 3. Pai de adolescente, assisti ao 1 e ao 2. Há pré-requisitos, sabia? … 4h3n1

05/06/2007 00:00

Recentemente estreou na capital dos gaúchos o filme Piratas do Caribe 3. 32y63

Pai de adolescente, assisti ao 1 e ao 2. Há pré-requisitos, sabia?

Por mais que conheça a verdadeira história de Jack Sparrow, sempre que lembro o nome da trilogia não consigo deixar de pensar nos companheiros Castro e Hugo, bem como em seus similares, que a eles assemelham-se pela tirania e diferenciam-se pela geografia. São piratinhas de terra firme, como os "estadistas" da Bolívia e do Equador.

O venezuelano, em particular, assumiu o poder no início do século XXI, com idéias consideradas modernas no final do XIX.

Substituiu os juízes que contrariaram seus interesses, estatizou a economia e perseguiu jornalistas. O "estado-da-arte" de sua obra ocorreu recentemente, deixou de renovar a concessão pública da RCTV, principal emissora da Venezuela, que fazia oposição ao seu governo. A alegação: era uma emissora das oligarquias.

Montado em barris de petróleo, que não param de subir de preço, Hugo Chávez desperdiça uma oportunidade histórica de resolver os gargalos de desenvolvimento da Venezuela. Em vez de investir em projetos que assegurem o crescimento sustentável do país, usa seu superávit para dar esmolas à parcela mais pobre da população - o que lhe assegura sustentação política - e para financiar as aventuras esquerdistas em outras repúblicas bananeiras da América Latina.

Incrivelmente, há entre nós um grupo de chavistas, enrustidos ou não, sempre prontos para usar a liberdade de imprensa que existe no Brasil para defender as medidas antidemocráticas e retrógradas do idealizador da dita revolução bolivariana. Uma obsessão pelo fracasso!

Isto posto, corta para a política local.

A escala industrial de um escândalo agendado por semana foi incrementada, tivemos o rolo da Gautama e o do Renan nos mesmos sete dias. O Senado ultraou a Câmara e os demais poderes, pelo menos na corrupção denunciada. A situação exigiu medidas enérgicas, urgentes e drásticas.

Foi o que foi feito. Figuras impolutas como José Sarney e outros donatários foram à tribuna atacar Chávez e o fechamento da emissora de TV. Maquiavélico: diante de uma crise interna, criaram uma crise externa.

Descartadas as honrosas exceções de sempre, pintou um clima.

O espaço da mídia , que poderia concentrar-se na Mendes Júnior, na Gautama, nos envelopes do Renan, e, principalmente, na compreensão dos motivos pelos quais pouquíssimos têm interesse na investigação de tudo isso, foi dividido com o acompanhamento de um bate-boca paroquial entre representantes do parlamento brasileiro e Chávez. E nos palpites de Lula.

Nada mais conveniente?