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Alunos de Jornalismo da Urcamp produzem filme sobre patrono da Feira do Livro de Bagé
Documentário 'Abero' retrata história do escritor e advogado João Bosco Abero
Estudantes que produziram 'Abero'
- Reprodução
Estudantes do oitavo semestre do curso de Jornalismo da Urcamp produziram o documentário 'Abero'. O material, feito sob a supervisão do professor e coordenador da graduação, Glauber Pereira, retrata a história do escritor, advogado e patrono da 22ª Feira do Livro de Bagé, João Bosco Abero. A obra foi exibida durante o evento, realizado na última semana.
A produção conta com arquivos audiovisuais e entrevistas com amigos e familiares de João Bosco. Foram retratadas no documentário a trajetória política e ideológica, as obras que ele lançou e a aproximação dele com a comunidade bajeense através das redes sociais.
O curta-metragem faz parte de um projeto que integra ao currículo da disciplina de Laboratório de Cinema, por meio do programa de ensino e extensão Urcamp Documenta. Pereira explica que o programa foi acionado por se tratar de uma iniciativa prática, feita fora dos horários de aula. "O Urcamp Documenta nos permite o uso de horas complementares, fora da sala de aula, e certifica os alunos por essas horas", destaca o coordenador do curso de Jornalismo.
O aluno Marcelo Rodriguez, responsável pela direção do curta, salienta o desafio de abordar toda a história do personagem em 15 minutos. "Ele deixou muitas marcas, desde a época da ditadura militar, os livros de realismo mágico e a vida dele como um todo, acadêmica e pessoal. Buscamos representar o máximo de tudo dentro desse curta-metragem", disse.
Uma curiosidade é que João Bosco veio a falecer em 31 de outubro, ou seja, 10 dias antes da exibição do documentário, e, para Rodriguez, o acontecimento mudou bastante o que se pretendia do resultado do filme, que ficou sem a entrevista do personagem principal. "Tivemos que recorrer aos materiais de arquivos, mas não ter tido a oportunidade de falar com ele nos fez conhecê-lo através dos outros e dos materiais antigos", comentou.
O coordenador também mencionou que, quando foi optado pelo documentário como prática da disciplina de Laboratório de Cinema, também houveram adaptações para a cadeira de Telejornalismo. "Pegamos algumas técnicas para fazer uma convergência de linguagem, então, 'Abero' tem um pouco disso, tem linguagem cinematográfica, mas também tem técnicas de captação e reportagem do telejornalismo", explicou.
Pereira garantiu que o curta-metragem não ficará apenas na lembrança ou guardada nos arquivos do curso de Jornalismo. "Esse documentário será o primeiro que a gente vai deixar à disposição do acervo do Museu Dom Diogo, porque ele não é só um filme sobre um fato da cidade, é, também, um registro de memória coletiva de um personagem importante que causou uma transformação social em Bagé", contou.
Além disso, 'Abero' será inscrito no Festival de Cinema, na Mostra Competitiva Regional. "Temos bastante expectativa por ser uma história interessante, local e patrimonial de Bagé e esperamos estar no páreo para o prêmio, mas só de ter esse projeto exibido no Festival já seria uma ótima oportunidade para mostrar nossa produção para um público crítico de cinema", afirmou o diretor do curta.